quarta-feira, 19 de junho de 2013

Bombas de Insulina

As bombas de infusão de insulina são equipamentos pequenos e portáteis que liberam insulina de ação rápida 24 horas por dia. Do tamanho aproximado de um pequeno telefone celular, as bombas de infusão de insulina liberam insulina através de um pequeno tubo e uma cânula (conhecidos como o conjunto de infusão) colocados sob a sua pele. A quantidade de insulina liberada pode ser adaptada para satisfazer suas necessidades individuais
Você pode programar sua bomba de infusão de insulina para liberar insulina automaticamente durante 24 horas – isso é chamado de índice basal – para controlar a glicose no sangue entre refeições e enquanto você dorme. Antes das refeições você deve liberar uma dose extra de insulina chamada de bolus, correspondente à quantidade de carboidrato a ser ingerida.
Quando você usa uma bomba de infusão de insulina, você ainda precisa monitorar seus níveis de glicose durante o dia utilizando um glicosímetro. Você configurará as doses da sua insulina e fará ajustes a elas baseado em sua ingestão de alimentos e programa de exercícios. Você terá que substituir seu conjunto de infusão a cada 2 a 3 dias. Os resultados da glicemia capilar serão úteis para que você possa ajustar as doses de insulina, consumo de alimentos e programa de exercícios.
Pessoas de todas as idades com diabetes de tipo 1 ou tipo 2 podem usar a terapia com bomba de infusão de insulina. No entanto, o seu médico o aconselhará sobre sua adequação específica a essa terapia.

Disponível em: http://www.medtronicbrasil.com.br/your-health/diabetes/device/insulin-pump/what-is-it/index.htm Acesso em 19 de junho de 2013.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Entre as mais importantes descobertas deste final de século, uma tem destaque especial, particularmente para milhões de pessoas em todo o mundo portadoras de Diabetes mellitus e que dependem da insulina para estabilizar o nível de glicose no sangue. A primeira aplicação comercial da biotecnologia ocorreu em 1982, quando a empresa Genentech produziu insulina humana para o tratamento da diabetes. Para fornecer insulina em quantidades necessárias, o gene que produz a insulina humana foi isolado e transferido para a bactéria Escherichia coli. As bactérias se multiplicam e crescem em tanque de fermentação, produzindo a proteína insulina que, a partir daí, é isolada e purificada. Um novo produto, resultado de recentes pesquisas biotecnológicas, é a Insulina Lispro, produzida e comercializada pelo laboratório Eli Lilly com o nome de Humalog. Dentre outros exemplos de produtos obtidos pela biotecnologia pode-se citar o interferon-alfa-2b e interferon-beta, o fator anti-hemofílico empregados no tratamento da leucemia, da esclerose múltipla e hemofilia A, respectivamente, e o hormônio de crescimento humano (somatotropina). No caso da doença de Chagas, a Fiocruz (Instituto Oswaldo Cruz) desenvolveu um kit para diagnóstico, obtido a partir da transformação genética de bactérias contendo genes de Trypanosoma cruzi, as quais passaram a expressar antígenos desse parasita; as proteínas recombinantes são utilizadas no imunodiagnóstico da doença. 

Vacinas 
Em 1986, foi obtida a primeira vacina humana geneticamente engenheirada (Recombivax HB de Chiron) e aprovada para prevenção de hepatite B. A vacina de DNA é a mais recente forma de apresentação que veio revolucionar o campo de vacinas, representando um novo caminho para a administração de antígenos. O processo envolve a introdução direta do DNA plasmidial, que possui o gene codificador da proteína antigênica, e será expressa no interior das células. Este tipo de vacinação apresenta uma grande vantagem, pois fornece para o organismo hospedeiro a informação genética necessária para que ele fabrique o antígeno com todas as suas características importantes para geração de uma resposta imune. Isto sem os efeitos colaterais que podem ser gerados quando são introduzidos patógenos, ou os problemas proporcionados pela produção das vacinas de subunidades em microrganismos. As vacinas de DNA, em teoria, representam uma metodologia que se aproxima da infecção natural, alcançando a indução da proteção desejada.

Biorremediação
A descontaminação de locais já sujeitos à contaminação pode ser obtida por técnicas de biorremediação e restauração. Tecnologias avançadas tais como o uso de sistemas biológicos de tratamento para reduzir ou destruir resíduos perigosos são vistas como uma opção para a tecnologia de descontaminação. Um dos campos mais promissores da biotecnologia, que visa o emprego dos microrganismos, direciona-se para locais contaminados devido ao uso de agroquímicos e/ou ainda metais pesados. Uma vez que microrganismos presentes em solos são capazes de degradar e mineralizar pesticidas, pode-se desenvolver a remediação biológica de solos contaminados, empregando-se microrganismos selecionados. Essa técnica tem como finalidade inocular o solo com microrganismos com capacidade de metabolizar os resíduos tóxicos presentes no ambiente e transformá-los em produtos menos tóxicos.

Ambiente Brasil, Disponível em:ambientes.ambientebrasil.com.br/biotecnologia/artigos_de_biotecnologia/curiosidades_da_biotecnologia.html Acesso em 17 de junho de 2013

quinta-feira, 13 de junho de 2013

 
 Ciclo de Krebs

O ciclo de Krebs, também chamado de ciclo do ácido cítrico, ou ciclo do ácido tricarboxílico, é uma das fases da respiração celular descoberta pelo bioquímico Hans Adolf Krebs, no ano de 1938. Essa fase da respiração ocorre na matriz mitocondrial e é considerada uma rota anfibólica, catabólica e anabólica.
No ciclo de Krebs, o ácido pirúvico (C3H4O3) proveniente da glicólise sofre uma descarboxilação oxidativa pela ação da enzima piruvato desidrogenase, existente no interior das mitocôndrias dos seres eucariontes, e reage com a coenzima A (CoA). O resultado dessa reação é a produção de acetilcoenzima A (acetilCoA) e de uma molécula de gás carbônico (CO2). Em seguida, o acetilCoA reage com o oxaloacetato, ou ácido oxalacético, liberando a molécula de coenzima A, que não permanece no ciclo, formando ácido cítrico.
Depois de formar o ácido cítrico, haverá uma sequência de oito reações onde ocorrerá a liberação de duas moléculas de gás carbônico, elétrons e íons H+. Ao final das reações, o ácido oxalacético é restaurado e devolvido à matriz mitocondrial, onde estará pronto para se unir a outra molécula de acetilCoA e recomeçar o ciclo.
Os elétrons e íons H+ que foram liberados nas reações são apreendidos por moléculas de NAD, que se convertem em moléculas de NADH, e também pelo FAD (dinucleotídeo de flavina-adenina), outro aceptor de elétrons.
No ciclo de Krebs, a energia liberada em uma das etapas forma, a partir do GDP (difosfato de guanosina) e de um grupo fosfato inorgânico (Pi), uma molécula de GTP (trifosfato de guanosina) que difere do ATP apenas por conter a guanina como base nitrogenada ao invés da adenina. O GTP é o responsável por fornecer a energia necessária a alguns processos celulares, como a síntese de proteínas.
Podemos concluir que o ciclo de Krebs é uma reação catabólica porque promove a oxidação do acetilCoA, a duas moléculas de CO2, e conserva parte da energia livre dessa reação na forma de coenzimas reduzidas, que serão utilizadas na produção de ATP na fosforilação oxidativa, a última etapa da respiração celular.
O ciclo de Krebs também tem função anabólica, sendo por isso classificado como um ciclo anfibólico. Para que esse ciclo tenha, ao mesmo tempo, a função anabólica e catabólica, as concentrações dos compostos intermediários formados são mantidas e controladas através de um complexo sistema de reações auxiliares que chamamos de reações anapleróticas. Um exemplo de reação anaplerótica é a carboxilação de piruvato para se obter oxalacetato, catalisado pela enzima piruvato carboxilase.

Ciclo de Krebs; Disponível em: http://www.brasilescola.com/biologia/ciclo-krebs.htm Acesso em 13 de junho de 2013.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Manteiga ou margarina
O que devo comer? Margarina ou manteiga?
Esta, certamente, é a dúvida da maioria dos consumidores na hora de comprar um produto para passar no pão.
As margarinas são feitas a partir de óleos vegetais líquidos que passam por um processo químico para se tornarem sólidas e cremosas, sendo uma destas modificações o processo de hidrogenação que leva a formação de gorduras trans, a qual reduz o bom colesterol (HDL) e eleva o mau colesterol (LDL). Outro processo é o de interesterificação, aonde se adiciona hidrogênios ao óleo. Todas as margarinas com zero trans têm gordura interesterificada. Foi uma forma de os fabricantes substituírem a trans sem fazer com que os produtos ficassem menos cremosos. Essa gordura é um óleo vegetal modificado quimicamente. Como o processo é recente, não há conclusões sobre qual seria a reação do organismo humano em relação a esse tipo de gordura.
A manteiga é um alimento de origem animal, é um produto derivado do leite, obtida por meio do batimento do creme de leite (nata). Essa é uma das vantagens do alimento, mais fácil metabolizar a gordura natural do que as modificadas quimicamente. Por outro lado, a quantidade de gordura saturada e, consequentemente, de colesterol, é alta. A manteiga não tem gordura hidrogenada nem interesterificada, portanto é sempre zero gordura trans.
A manteiga já foi vista como prejudicial à saúde por ser fonte de colesterol. Hoje se sabe que o seu consumo moderado não é o grande causador da obesidade e das doenças cardíacas. Estudos indicam que os maiores problemas estão no consumo de gorduras trans e na ingestão excessiva de ácidos graxos ômega 6 combinado a pequeno consumo de ácidos graxos ômega 3.
De maneira geral, é mais comum consumir margarina, com o objetivo de se evitar o colesterol e as gorduras saturadas presentes na manteiga, principalmente pelas pessoas que apresentam níveis elevados de colesterol sérico (sanguíneo). Porém, as gorduras trans inibem a ação de enzimas específicas do fígado, o que favorece a síntese do colesterol. Conseqüentemente, o consumo de margarina propicia o aumento dos níveis de colesterol e triglicerídeos e a diminuição do HDL (bom colesterol), por mecanismos indiretos.
A margarina vegetal não contém nenhum colesterol, mas faz subir o colesterol sanguíneo por ser saturada artificialmente. Então a escolha é entre duas gorduras saturadas, uma natural e rica em vitamina A, a manteiga, e a outra artificial e rica em aditivos químicos, a margarina.
 
Manteiga ou margarina. Disponível em: http://www.socergs.org.br/publico/index.php?option=com_content&view=article&id=22:manteiga-ou-margarina&catid=2:habitos-saudaveis&Itemid=4 Acesso em 11 de junho de 2013.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Curiosidades sobre os lipídeos


 
 
 
 
           Curiosidade sobre lipídeos
 
A ingestão de colesterol não deve ultrapassar 300 MG por dia, mas muitos abusam dessa relação. Nos EUA, cerca de 25% da população apresenta níveis altíssimos de colesterol e no Brasil, atualmente, os adultos com acima do ideal (segundo o cálculo de IMC) chegam a 40%.
 
As gorduras podem ser de origem animal quanto vegetal. As de origem animal, como a banha e a gordura da carne, geralmente são sólidas à temperatura ambientes e bastante prejudiciais ao organismo. Já a de origem vegetal, como óleo de milho, girassol e oliva são líquidos e menos prejudiciais.
 
Curiosidade sobre os lipídeos.Disponível em :http://lipidiosc2j.blogspot.com.br/2011/07/curiosidades-sobre-os-lipideos.html acesso em 06 de junho de 2013.


Alimentação saudável e equilibrada deve ter carboidratos e proteínas

Os carboidratos e as proteínas são dois elementos básicos e importantes para a saúde que devem estar presentes no prato todos os dias para manter uma alimentação saudável e equilibrada. Restringir a dieta a apenas um deles ou consumi-los em excesso pode ser perigoso e fazer mal ao organismo, como alertou o endocrinologista Alfredo Halpern no Bem Estar desta quarta-feira (27).
Os carboidratos, por exemplo, são fontes primárias de energia e funcionam como combustível para o cérebro, medula, nervos e células vermelhas do sangue, ou seja, mantêm o corpo funcionando. Por isso, a deficiência deles pode trazer riscos para o sistema nervoso central e para o organismo, de maneira geral.

A dica da nutricionista Rosana Raele é que os carboidratos façam parte de, pelo menos, metade da dieta diária, principalmente pela manhã, quando o corpo e o cérebro precisam de mais energia.
Entre os alimentos ricos em carboidrato, estão o arroz, os cereais, os pães, massas, batatas e até mesmo as frutas. A falta de energia por causa da pouca ingestão desses alimentos pode logo dar sintomas, como fome, tontura, mal-estar e até mesmo prejudicar a memória.

Alimentação saudável e equilibrada deve ter carboidratos e proteínas. Disponível em:http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2013/03/alimentacao-saudavel-e-equilibrada-deve-ter-carboidratos-e-proteinas.html acesso em 06 de junho de 2013.

sábado, 1 de junho de 2013

Curiosidades

Curiosidades

  • O Colesterol é um tipo de gordura presente em alimentos de origem animal e também produzida pelo nosso fígado.  Em quantidade adequada é fundamental ao desempenho de diversas funções. Porém quando em excesso é altamente prejudicial á saúde

  • As gorduras podem ser de origem animal quanto vegetal. As de origem animal, como a banha e a gordura da carne, geralmente são sólidas à temperatura ambiente e bastante prejudiciais ao organismo. Já a de origem vegetal, como óleo de milho, girassol e oliva são líquidas e menos prejudiciais.

  • A ingestão de colesterol não deve ultrapassar 300 mg por dia, mas muitos abusam dessa relação. Nos EUA, cerca de 25% da população apresenta níveis altíssimos de coleterol e no Brasil, atualmente, os adultos com acima do ideal (segundo o cálculo de IMC) chegam a 40%.

    Disponível em:http://lipidios.pbworks.com/w/page/17688979/Curiosidades acesso em 01/06/2013

Carboidratos


A cana-de-açúcar é rica em sacarose.
Carboidratos são moléculas orgânicas formadas por carbono, hidrogênio e oxigênio. Glicídios, hidrocarbonetos, hidratos de carbono e açúcares são outros nomes que esses podem receber. São as principais fontes de energia para os sistemas vivos, uma vez que a liberam durante o processo de oxidação. Participam também na formação de estruturas de células e de ácidos nucleicos.

Os de constituição mais simples, denominados monossacarídeos, possuem como fórmula geral (CH2O)n, sendo o “n” o número de átomos de carbono. São, geralmente, de sabor adocicado e podem ser trioses, tetroses, pentoses, hexoses ou heptose, quando constituídas de três, quatro, cinco, seis ou sete átomos de carbono. A glicose, monossacarídeo extremamente importante para a nossa vida como fonte de energia, é uma hexose de fórmula C6H12O6. A frutose e a galactose são, também, hexoses.

Dissacarídeos são moléculas solúveis em água, resultantes da união de dois monossacarídeos, por uma ligação denominada glicosídica. Quando ocorre esse evento, há a liberação de uma molécula de água (desidratação). Sacarose (glicose + frutose), lactose (glicose + galactose) e maltose (glicose + glicose) são três exemplos bastante conhecidos.

Polissacarídeos são formados pela união de diversos monossacarídeos, sendo a celulose, amido e glicogênio os mais conhecidos e os de maior importância biológica. São formados por cadeias longas e podem apresentar moléculas de nitrogênio ou enxofre. Não são solúveis em água.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola
Disponível em:http://www.brasilescola.com/biologia/carboidratos.htm Acesso em 01/06/2013

O que são lipídeos?


LIPÍDEOS


CONCEITO

            Os lipídeos definem um conjunto de substâncias químicas que, ao contrário das outras classes de compostos orgânicos, não são caracterizadas por algum grupo funcional comum, e sim pela sua alta solubilidade em solventes orgânicos e baixa solubilidade em água. Fazem parte de um grupo conhecido como biomoléculas. Os lipídeos se encontram distribuídos em todos os tecidos, principalmente nas membranas celulares e nas células de gordura.
        A maioria dos lipídeos é derivada ou possui na sua estrutura ácidos graxos. Algumas substâncias classificadas entre os lipídeos possuem intensa atividade biológica; elas incluem algumas das vitaminas e hormônios.
              Embora os lipídeos sejam uma classe distinta de biomoléculas, veremos que eles geralmente ocorrem combinados, seja covalentemente ou através de ligações fracas, como membros de outras classes de biomoléculas, para produzir moléculas hídricas tais como glicolipídeos, que contêm tanto carboidratos quanto grupos lipídicos, e lipoproteínas, que contêm tanto lipídeos como proteínas. Em tais biomoléculas, as distintas propriedades químicas e físicas de seus componentes estão combinadas para preencher funções biológicas especializadas.
            Existem diversos tipos de moléculas diferentes que pertencem à classe dos lipídeos. Embora não apresentem nenhuma característica estrutural comum todas elas possuem muito mais ligações carbono-hidrogênio do que as outras biomoléculas, e a grande maioria possui poucos heteroátomos. Isto faz com que estas moléculas sejam pobres em dipolos localizados (carbono e hidrogênio possuem eletronegatividade semelhante). Uma das leis clássicas da química diz que "o semelhante dissolve o semelhante": daí a razão para estas moléculas serem fracamente solúveis em água ou etanol (solventes polares) e altamente solúveis em solventes orgânicos (geralmente apolares).
            Ao contrário das demais biomoléculas, os lipídeos não são polímeros, isto é, não são repetições de uma unidade básica. Embora possam apresentar uma estrutura química relativamente simples, as funções dos lipídeos são complexas e diversas, atuando em muitas etapas cruciais do metabolismo e na definição das estruturas celulares.
            Os químicos podem separar os lipídeos de uma amostra biológica através de uma técnica conhecida como extração; um solvente orgânico é adicionado a uma solução aquosa da amostra e, com um auxílio de um funil de separação, obtém-se a fase orgânica rica em lipídeos. Com a evaporação do solvente orgânico obtém-se o lipídeo. É desta maneira que, em escala industrial, se obtém o óleo vegetal.
            Alguns lipídeos têm a habilidade de formar filmes sobre a superfície da água, ou mesmo de formar agregados organizados na solução; estes possuem uma região, na molécula, polar ou iônica, que é facilmente hidratada. Este comportamento é característico dos lipídeos que compõe a membrana celular. Os lipossomos são "microenvelopes" capazes de envolverem moléculas orgânicas e entregarem-nas ao "endereço biológico" correto.



FUNÇÃO
 
            Desempenham várias funções biológicas importantes no organismo, entre elas:
            - Reserva de energia (1 g de gordura = 9 kcal) em animais e sementes oleaginosas, sendo a principal forma de armazenamento os triacilgliceróis (triglicerídeos);
             - Armazenamento e transporte de combustível metabólico;
            - Componente estrutural das membranas biológicas;
            - São moléculas que podem funcionar como combustível alternativo à glicose, pois são os compostos bioquímicos mais calóricos em para geração de energia metabólica através da oxidação de ácidos graxos;
             - Oferecem isolamento térmico, elétrico e mecânico para proteção de células e órgãos e para todo o organismo (panículo adiposo sob a pele), o qual ajuda a dar a forma estética característica;
             - Dão origem a moléculas mensageiras, como hormônios, prostaglandinas, etc.
            - As gorduras (triacilgliceróis), devido à sua função de substâncias de reserva, são acumuladas principalmente no tecido adiposo, para ocasiões em que há alimentação insuficiente. A reserva sob a forma de gordura é muito favorável a célula por dois motivos: em primeiro lugar, as gorduras são insolúveis na água e portanto não contribuem para a pressão osmótica dentro da célula, e em segundo lugar, as gorduras são ricas em energia; na sua oxidação total são liberados 38,13kJ/g de gordura.


UTILIZAÇÃO DOS LIPÍDEOS
            São vários os usos dos lipídios: 
            - Alimentação, como óleos de cozinha, margarina, manteiga, maionese;
             - Produtos manufaturados: sabões, resinas, cosméticos, lubrificantes. 
            Combustíveis alternativos, como é o caso do óleo vegetal transesterificado que corresponde a uma mistura de ácidos graxos vegetais tratados com etanol e ácido sulfúrico que substitui o óleo diesel, não sendo preciso nenhuma modificação do motor, além de ser muito menos poluente e isento de enxofre.
            Obs:A Universidade Federal da Bahia (UFBA) mantém um Centro de Pesquisas para o uso do azeite de dendê como combustível.


CLASSIFICAÇÃO DOS LIPÍDEOS

            ÁCIDOS GRAXOS
            A hidrólise ácida dos triacilglicerídios leva aos correspondentes ácidos carboxílicos - conhecidos como ácidos graxos. Este é o grupo mais abundante de lipídeos nos seres vivos, e são compostos derivados dos ácidos carboxílicos. Este grupo é geralmente chamado de lipídeos saponificáveis, porque a reação destes com uma solução quente de hidróxido de sódio produz o correspondente sal sódico do ácido carboxílico, isto é, o sabão.
            Os ácidos graxos possuem um pKa da ordem de 4,8. Isto significa que, em uma solução onde o pH é 4,8, metade da concentração o ácido está ionizada; a um pH maior (7, por exemplo) praticamente todo o ácido encontra-se ionizado, formando um sal com o seu contra-íon; num pH menor (3, e.g.) todo o ácido encontra-se protonado.
            A natureza do cátion (contra-íon) determina as propriedades do sal carboxílico formado. Em geral, sais com cátions divalentes (Ca 2+ ou Mg 2+ ) não são bem solúveis em água, ao contrário do formado com metais alcalinos (Na + , K + , etc.), que são bastante solúveis em água e em óleo - são conhecidos como sabão. É por este motivo que, em regiões onde a água é rica em metais alcalinos terrosos, é necessário se utilizar formulações especiais de sabão na hora de lavar a roupa. Na água, em altas concentrações destes sais, ocorre a formação de micelas - glóbulos microscópicos formados pela agregação destas moléculas. Nas micelas, as regiões polares das moléculas de sabão encontram-se em contato com as moléculas de água, enquanto que as regiões hidrofóbicas ficam no interior do glóbulo, em uma pseudofase orgânica, sem contato com a água.
            A adição de HCl a uma solução aquosa de sabão provoca a precipitação do ácido graxo, que é pouco solúvel em água e, em solução aquosa, tende a formar dímeros através de fortes ligações hidrogênio.
Composição de algumas gorduras
            Os ácidos graxos também podem ser classificados como saturados ou insaturados, dependendo da ausência ou presença de ligações duplas carbono-carbono. Os insaturados (que contém tais ligações) são facilmente convertidos em saturados através da hidrogenação catalítica (este processo é chamado de redução). A presença de insaturação nas cadeias de ácido carboxílico dificulta a interação intermolecular, fazendo com que, em geral, estes se apresentem, à temperatura ambiente, no estado líquido; já os saturados, com uma maior facilidade de empacotamento intermolecular, são sólidos. A margarina, por exemplo, é obtida através da hidrogenação de um líquido - o óleo de soja ou de milho, que é rico em ácidos graxos insaturados.

    1. Conceitos Gerais:
     

São ácidos orgânicos, a maioria de cadeia alquil longa, com mais de 12 carbonos
Esta cadeia alquil pode ser saturada ou insaturada;
      1. Ácidos graxos saturados:
Não possuem duplas ligações
São geralmente sólidos à temperatura ambiente
Gorduras de origem animal são geralmente ricas em ácidos graxos saturados
      1. Ácidos graxos insaturados
Possuem uma ou mais duplas ligações è são mono ou poliinsaturados
São geralmente líquidos à temperatura ambiente
A dupla ligação, quando ocorre em um AG natural, é sempre do tipo "cis".
Os óleos de origem vegetal são ricos em AG insaturados.
Quando existem mais de uma dupla ligação, estas são sempre separadas por pelo menos 3 carbonos, nunca são adjacentes nem conjugadas
 
    1. Nomenclatura de Ácidos Graxos:
     
O nome sistemático do ácido graxo vem do hidrocarboneto correspondente;
Existe um nome descritivo para a maioria dos AG;
Os AG tem seus carbonos numerados de 2 formas:
      A partir da carboxila è Numeração Delta - "D "
      A partir do grupamento metil terminal è Numeração Ômega - "j "
      Os carbonos 2, 3 e 4,contados a partir da carboxila, são denominados, respectivamente, a , b e g .
As duplas ligações, quando presentes, podem ser descritas em número e posição em ambos os sistemas; por exemplo: O ácido linoleico possui 18 átomos de carbono e 2 duplas ligações, entre os carbonos 9 e 10, e entre os carbonos 12 e 13; sua estrutura pode ser descrita como:
18;2 Delta 9,12 ou 18:2 (9,12)
Pertencente à família Õmega -6
Outros exemplos de ácidos graxos:
Nome descritivo
Nome sistemático
Átomos de carbono
Duplas ligações
Posições das duplas ligações (Delta )
Classe de Ag Poliinsaturado
Palmítico
Hexadecanóico
16
0
-
-
Palmitoleico
Hexadecenóico
16
1
9
ômega -7
Esteárico
Octadecanóico
18
0
-
-
Oleico
Octadecenóico
18
1
9
ômega -9
Linoleico
Octadecadienóico
18
2
9, 12
ômega -6
 
Linolênico
Octadecatrienóico
18
3
9, 12, 15
ômega -3
 
Aracdônico
Eicosatetraenóico
20
4
5, 8, 11, 14
ômega -6
 
    1. Ácidos Graxos Essenciais:
     
O homem é capaz de sintetizar muitos tipos de ácidos graxos, incluindo os saturados e os monoinsaturados
Os AG poliinsaturados, no entanto, principalmente os das classes j -6 - família do ácido linoleico - e j -3 - família do ácido linolênico - devem ser obtidos da dieta, pois são sintetizados apenas por vegetais.
Estes ácidos graxos participam como precursores de biomoléculas importantes como as PROSTAGLANDINAS, derivadas do ácido linoleico e com inúmeras funções sobre contratibilidade de músculo liso e modulação de recepção de sinal hormonal.


TRIACILGLICERÓIS
          Conhecidos como gorduras neutras, esta grande classe de lipídeos não contém grupos carregados. São ésteres do glicerol - 1,2,3-propanotriol. Estes ésteres possuem longas cadeias carbônicas atachadas ao glicerol, e a hidrólise ácida promove a formação dos ácidos graxos correspondentes e o álcool (glicerol).
            Nos animais, os TAGs são lipídeos que servem, principalmente, para a estocagem de energia; as células lipidinosas são ricas em TAGs. É uma das mais eficientes formas de estocagem de energia, principalmente com TAGs saturados; cada ligação C-H é um sítio potencial para a reação de oxidação, um processo que libera muita energia.
            Os TAGs provindo de animais terrestres contém uma maior quantidade de cadeias saturadas se comparados aos TAGs de animais aquáticos. Embora menos eficientes no armazenamento de energia, as TAGs insaturadas oferecem uma vantagem para os animais aquáticos, principalmente para os que vivem em água fria: elas têm uma menor temperatura de fusão, permanecendo no estado líquido mesmo em baixas temperaturas. Se fossem saturadas, ficariam no estado sólido e teriam maior dificuldade de mobilidade no organismo do animal.
            Os TAGs podem ser chamados de gorduras ou óleos, dependendo do estado físico na temperatura ambiente: se forem sólidos, são gorduras, e líquidos são óleos. No organismo, tanto os óleos como as gorduras podem ser hidrolisados pelo auxílio de enzimas específicas, as lipases (tal como a fosfolipase A ou a lipase pancreática), que permitem a digestão destas substâncias.
Os triacilgliceróis são lipídeos formados pela ligação de 3 moléculas de ácidos graxos com o glicerol, um triálcool de 3 carbonos, através de ligações do tipo éster
São também chamados de "Gorduras Neutras", ou triglicerídeos
Os ácidos graxos que participam da estrutura de um triacilglicerol são geralmente diferentes entre si.
A principal função dos triacilgliceróis é a de reserva de energia, e são armazenados nas células do tecido adiposo, principalmente.
São armazenados em uma forma desidratada quase pura, e fornecem por grama aproximadamente o dobro da energia fornecida por carboidratos.
Existem ainda os mono e diacilgliceróis, derivados do glicerol com 1 ou 2 AG esterificados, respectivamente.


FOSFOLIPÍDEOS

            Os fosfolípideos são ésteres do glicerofosfato - um derivado fosfórico do glicerol. O fosfato é um diéster fosfórico, e o grupo polar do fosfolipídio. A um dos oxigênios do fostato podem estar ligados grupos neutros ou carregados, como a colina, a etanoamina, o inositol, glicerol ou outros. As fostatidilcolinas, por exemplo, são chamadas de lecitinas.
Bicamadas de fosfolipídios
            Os fosfolipídios ocorrem em praticamente todos os seres vivos. Como são anfifílicos, também são capazes de formar pseudomicrofases em solução aquosa; a organização, entrentanto, difere das micelas. Os fosfolipídios se ordenam em bicamadas, formando vesículas. Estas estruturas são importantes para conter substâncias hidrossolúveis em um sistema aquoso - como no caso das membranas celulares ou vesículas sinápticas. Mais de 40% das membranas das células do fígado, por exemplo, é composto por fosfolipídios. Envolvidos nestas bicamadas encontram-se outros compostos, como proteínas, açúcares e colesterol.
Ou "Lipídeos Polares", são lipídeos que contém fosfato na sua estrutura
Os mais importantes são também derivados do glicerol - fosfoglicerídeos - o qual está ligado por uma ponte tipo fosfodiéster geralmente a uma base nitrogenada, como por exemplo:
    Colina è Fosfatidilcolina, ou Lecitina
    Serina è Fosfatidilserina
    Etanolamina è Fosfatidiletanolamina
As outras hidroxilas do glicerol estão esterificadas a AG
Os fosfoglicerídeos desempenham importante função na estrutura e função das membranas biológicas, pois são claramente anfipáticos
Estica, mas não quebra...Estica, mas não quebra...
As membranas celulares são elásticas e resitentes graças às fortes interações hidrofóbicas entre os grupos apolares dos fosfolipídios. Estas membranas formam vesículas que separam os componentes celulares do meio intercelular - dois sistemas aquosos!

ESFINGOLIPÍDEOS
            A principal diferença entre os esfingolipídios e os fosfolipídios é o álcool no qual estes se baseiam: em vez do glicerol, eles são derivados de um amino álcool. Estes lipídeos contém 3 componentes fundamentais: um grupo polar, um ácido graxo, e uma estrutra chamada base esfingóide - uma longa cadeia hidrocarbônica derivada do d-eritro-2-amino-1,3-diol. É chamado de base devido a presença do grupo amino que, em solução aquosa, pode ser convertido para o respectivo íon amônio. A esfingosina foi o primeiro membro desta classe a ser descoberto e, juntamente com a di-hidroesfingosina, são os grupos mais abundantes desta classe nos mamíferos. No di-hidro, a ligação dupla é reduzida. O grupo esfingóide é conectado ao ácido graxo graças a uma ligação amídica. A esfingomielina, encontrada em muitos animais, é um exemplo de esfingolipídio.

            Os vários tipos de esfingolipídios são classificados de acordo com o grupo que está conectado à base esfingóide. Se o grupo hidroxila estiver conectado a um açúcar, o composto é chamado de glicosfincolipídio. O grupo pode ser, também, um éster fosfófico, como a fosfocolina, na esfingomielina. Gangliosídios são glicosfingolipídios que contém o ácido N-acetilneurâmico (ácido siálico) ligado à cadeia oligossacarídica. Estas espécies são muito comuns no tecido cerebral.
São lipídeos importantes também na estrutura das membranas biológicas
Formados por uma molécula de ácido graxo de cadeia longa, a esfingosina - um aminoálcool de cadeia longa - ou um de seus derivados, e uma cabeça polar alcoólica
Existem 3 subclasses de esfingolipídeos:
 
    As Esfingomielinas = Possuem a fosfocolina ou a fosfoetanolamina como cabeça polar alcoólica
    Os Cerebrosídeos = Não possuem fosfato, e sim, um açúcar simples como álcool polar - são glicoesfingolipídios, ou glicolipídios
    Os Gângliosídeos = Possuem estrutura complexa, com cabeças polares muito grandes formadas por várias unidades de açúcar como por exemplo, o ácido siálico


ESTERÓIDES
Esteróides também são lipídios
            Os esteróides são lipídeos derivados do colesterol. Eles atuam, nos organismos, como hormônios e, nos humanos, são secretados pelas gônadas, córtex adrenal e pela placenta. A testosterona é o hormônio sexual masculino, enquanto que o estradiol é o hormônio responsável por muitas das características femininas.
            O colesterol, além da atividade hormonal, também desempenha um papel estrutural - habita a pseudofase orgânica nas membranas celulares. Muitas vezes chamado de vilão pela mídia, o colesterol é um composto vital para a maioria dos seres vivos.
São lipídeos que não possuem ácidos graxos em sua estrutura
Derivam do anel orgânico Ciclopentanoperidrofenantreno
Os esteróis - esteróides com função alcoólica - são a principal subclasse dos esteróides.
Destes, o principal exemplo é o Colesterol
O colesterol é um esteróide importante na estrutura das membranas biológicas, e atua como precursor na biossíntese dos esteróides biologicamente ativos, como os hormônios esteróides e os ácidos e sais biliares
O excesso de colesterol no sangue é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças arteriais coronarianas, principalmente o infarto agudo do miocárdio.
 

LIPOPROTEÍNAS

 São associações entre proteínas e lipídeos encontradas na corrente sanguínea, e que tem como função transportar e regular o metabolismo dos lipídeos no plasma
A fração protéica das lipoproteínas denomina-se Apoproteína, e se divide em 5 classes principais - Apo A, B, C, D e E - e vária subclasses
A fração lipídica das lipoproteínas é muito variável, e permite a classificação das mesmas em 5 grupos, de acordo com suas densidades e mobilidade eletroforética:
    Quilomícron = É a lipoproteína menos densa, transportadora de triacilglicerol exógeno na corrente sanguínea
    VLDL = "Lipoproteína de Densidade Muito Baixa", transporta triacilglicerol endógeno
    IDL = "Lipoproteína de Densidade Intermediária", é formada na transformação de VLDL em LDL
    LDL = "Lipoproteína de Densidade Baixa", é a principal transportadora de colesterol; seus níveis aumentados no sangue aumentam o risco de infarto agudo do miocárdio
    HDL = "Lipoproteína de Densidade Alta"; atua retirando o colesterol da circulação. Seus níveis aumentados no sangue estão associados a uma diminuição do risco de infarto agudo do miocárdio.


PROSTAGLANDINAS
           
             Estes lipídeos não desempenham funções estruturais, mas são importantes componentes em vários processos metabólicos e de comunicação intercelular. Segundo o químico Michael W. Davidson, da Florida State University, "prostaglandins act in a manner similar to that of hormones, by stimulating target cells into action. However, they differ from hormones in that they act locally, near their site of synthesis, and they are metabolized very rapidly. Another unusual feature is that the same prostaglandins act differently in different tissues". Um dos processos mais importantes controlados pelas prostaglandinas é a inflamação.
            Todos estas substâncias têm estrutura química semelhante a do ácido prostanóico, um anel de 5 membros com duas longas cadeias ligadas em trans nos carbonos 1 e 2. As prostaglandinas diferem do ácido prostanóico pela presença de insaturação ou substituição no anel ou da alteração das cadeias ligadas a ele.
            A substância chave na biossíntese das prostaglandinas é o ácido araquidônico, que é formado através da remoção enzimática de hidrogênios do ácido linoléico. O ácido araquidônico livre é convertido a prostaglandinas pela ação da enzima ciclooxigenase, que adiciona oxigênios ao ácido araquidônico e promove a sua ciclização. No organismo, o ácido araquidônico é estocado sob a forma de fosfolipídios, tal como o fosfoinositol, em membranas. Sob certos estímulos, o ácido araquidônico é liberado do lipíde o de estocagem (através da ação da enzima fosfolipase A2) e rapidamente convertido a prostaglandinas, que iniciam o processo inflamatório. A cortisona tem ação anti-inflamatória por bloquear a ação da fosfolipase A2. Este é o mecanismo de ação da maior parte dos anti-inflamatórios esteróides.
            Existem outras rotas nas quais o ácido araquidônico é transformado em prostaglandinas; algumas envolvem a conversão do ácido em um intermediário, o ácido 5-hidroperoxy-6,8,1-eicosatetranóico (conhecido como 5-HPETE), que é formado pela ação da 5-lipoxigenase.  Os anti-inflamatórios não esteróides, como a aspirina, agem bloqueiando as enzimas responsáveis pela formação do 5-HPETE. Desta forma, impedem o ciclo de formação das prostaglandinas e evitam a sinalização inflamatória.

 Disponível em:
http://www.enq.ufsc.br/labs/probio/disc_eng_bioq/trabalhos_pos2003/const_microorg/lipideos.html acesso em 01/06/2013