As bombas de infusão de insulina são equipamentos pequenos e
portáteis que liberam insulina de ação rápida 24 horas por dia. Do
tamanho aproximado de um pequeno telefone celular, as bombas de infusão
de insulina liberam insulina através de um pequeno tubo e uma cânula
(conhecidos como o conjunto de infusão) colocados sob a sua pele. A
quantidade de insulina liberada pode ser adaptada para satisfazer suas
necessidades individuais
Você pode programar sua bomba de infusão
de insulina para liberar insulina automaticamente durante 24 horas –
isso é chamado de índice basal – para controlar a glicose no sangue
entre refeições e enquanto você dorme. Antes das refeições você deve
liberar uma dose extra de insulina chamada de bolus, correspondente à
quantidade de carboidrato a ser ingerida.
Quando você usa uma
bomba de infusão de insulina, você ainda precisa monitorar seus níveis
de glicose durante o dia utilizando um glicosímetro. Você configurará as
doses da sua insulina e fará ajustes a elas baseado em sua ingestão de
alimentos e programa de exercícios. Você terá que substituir seu
conjunto de infusão a cada 2 a 3 dias. Os resultados da glicemia capilar
serão úteis para que você possa ajustar as doses de insulina, consumo
de alimentos e programa de exercícios.
Pessoas de todas as idades
com diabetes de tipo 1 ou tipo 2 podem usar a terapia com bomba de
infusão de insulina. No entanto, o seu médico o aconselhará sobre sua
adequação específica a essa terapia.
Disponível em: http://www.medtronicbrasil.com.br/your-health/diabetes/device/insulin-pump/what-is-it/index.htm Acesso em 19 de junho de 2013.
Sou Lais Sombra, aluna do curso de licenciatura em ciências biológicas (EaD da UECE), Universidade Aberta do Brasil (UAB), Universidade Estadual do Ceará (UECE). Meu blog é uma atividade avaliativa e será alimentado ao longo do curso com temáticas variadas e ligadas a biologia. Sejam bem vindos!
quarta-feira, 19 de junho de 2013
segunda-feira, 17 de junho de 2013
Entre as mais importantes descobertas
deste final de século, uma tem destaque especial, particularmente para
milhões de pessoas em todo o mundo portadoras de Diabetes
mellitus e que dependem da insulina para estabilizar o nível de glicose
no sangue. A primeira aplicação comercial da biotecnologia ocorreu em
1982, quando a empresa Genentech produziu insulina humana para o
tratamento da diabetes .
Para fornecer insulina em quantidades necessárias, o gene que produz a
insulina humana foi isolado e transferido para a bactéria Escherichia
coli. As bactérias se multiplicam e crescem em tanque de fermentação,
produzindo a proteína insulina que, a partir daí, é isolada e
purificada. Um novo produto, resultado de recentes pesquisas
biotecnológicas, é a Insulina Lispro, produzida e comercializada pelo
laboratório Eli Lilly com o nome de Humalog. Dentre outros exemplos de
produtos obtidos pela biotecnologia pode-se citar o interferon-alfa-2b e
interferon-beta, o fator anti-hemofílico empregados no tratamento da
leucemia, da esclerose múltipla e hemofilia A, respectivamente, e o
hormônio de crescimento humano (somatotropina). No caso da doença de
Chagas, a Fiocruz (Instituto Oswaldo Cruz) desenvolveu um kit para
diagnóstico, obtido a partir da transformação genética de bactérias
contendo genes de Trypanosoma cruzi, as quais passaram a expressar
antígenos desse parasita; as proteínas recombinantes são utilizadas no
imunodiagnóstico da doença.
Vacinas
Em 1986, foi obtida a primeira vacina
humana geneticamente engenheirada (Recombivax HB de Chiron) e aprovada
para prevenção de hepatite B. A vacina de DNA é a mais recente forma de
apresentação que veio revolucionar o campo de vacinas, representando um
novo caminho para a administração de antígenos. O processo envolve a
introdução direta do DNA plasmidial, que possui o gene codificador da
proteína antigênica, e será expressa no interior das células. Este tipo
de vacinação apresenta uma grande vantagem, pois fornece para o
organismo hospedeiro a informação genética necessária para que ele
fabrique o antígeno com todas as suas características importantes para
geração de uma resposta imune. Isto sem os efeitos colaterais que podem
ser gerados quando são introduzidos patógenos, ou os problemas
proporcionados pela produção das vacinas de subunidades em
microrganismos. As vacinas de DNA, em teoria, representam uma
metodologia que se aproxima da infecção natural, alcançando a indução da
proteção desejada.
Biorremediação
A descontaminação de locais já sujeitos à
contaminação pode ser obtida por técnicas de biorremediação e
restauração. Tecnologias avançadas tais como o uso de sistemas
biológicos de tratamento para reduzir ou destruir resíduos perigosos são
vistas como uma opção para a tecnologia de descontaminação. Um dos
campos mais promissores da biotecnologia, que visa o emprego
dos microrganismos, direciona-se para locais contaminados devido ao uso
de agroquímicos e/ou ainda metais pesados. Uma vez que microrganismos
presentes em solos são capazes de degradar e mineralizar pesticidas,
pode-se desenvolver a remediação biológica de solos contaminados,
empregando-se microrganismos selecionados. Essa técnica tem como
finalidade inocular o solo com microrganismos com capacidade de
metabolizar os resíduos tóxicos presentes no ambiente e transformá-los
em produtos menos tóxicos.
Ambiente Brasil, Disponível em:ambientes.ambientebrasil.com.br/biotecnologia/artigos_de_biotecnologia/curiosidades_da_biotecnologia.html Acesso em 17 de junho de 2013
quinta-feira, 13 de junho de 2013
Ciclo de Krebs
O ciclo de Krebs, também chamado de ciclo do ácido cítrico, ou ciclo do ácido tricarboxílico,
é uma das fases da respiração celular descoberta pelo bioquímico Hans
Adolf Krebs, no ano de 1938. Essa fase da respiração ocorre na matriz
mitocondrial e é considerada uma rota anfibólica, catabólica e
anabólica.
No ciclo de Krebs, o ácido pirúvico (C3H4O3)
proveniente da glicólise sofre uma descarboxilação oxidativa pela ação
da enzima piruvato desidrogenase, existente no interior das mitocôndrias
dos seres eucariontes, e reage com a coenzima A (CoA). O resultado dessa reação é a produção de acetilcoenzima A (acetilCoA) e de uma molécula de gás carbônico (CO2). Em seguida, o acetilCoA reage com o oxaloacetato, ou ácido oxalacético, liberando a molécula de coenzima A, que não permanece no ciclo, formando ácido cítrico.
Depois de formar o ácido cítrico, haverá uma sequência de oito reações
onde ocorrerá a liberação de duas moléculas de gás carbônico, elétrons e
íons H+. Ao final das reações, o ácido oxalacético é
restaurado e devolvido à matriz mitocondrial, onde estará pronto para se
unir a outra molécula de acetilCoA e recomeçar o ciclo.
Os elétrons e íons H+ que foram liberados nas reações são apreendidos por moléculas de NAD, que se convertem em moléculas de NADH, e também pelo FAD (dinucleotídeo de flavina-adenina), outro aceptor de elétrons.
No ciclo de Krebs, a energia liberada em uma das etapas forma, a partir do GDP (difosfato de guanosina) e de um grupo fosfato inorgânico (Pi), uma molécula de GTP (trifosfato de guanosina) que difere do ATP apenas por conter a guanina como base nitrogenada ao invés da adenina. O GTP é o responsável por fornecer a energia necessária a alguns processos celulares, como a síntese de proteínas.
Podemos concluir que o ciclo de Krebs é uma reação catabólica porque promove a oxidação do acetilCoA, a duas moléculas de CO2, e conserva parte da energia livre dessa reação na forma de coenzimas reduzidas, que serão utilizadas na produção de ATP na fosforilação oxidativa, a última etapa da respiração celular.
O ciclo de Krebs também tem função anabólica, sendo por isso classificado como um ciclo anfibólico.
Para que esse ciclo tenha, ao mesmo tempo, a função anabólica e
catabólica, as concentrações dos compostos intermediários formados são
mantidas e controladas através de um complexo sistema de reações
auxiliares que chamamos de reações anapleróticas. Um exemplo de reação
anaplerótica é a carboxilação de piruvato para se obter oxalacetato,
catalisado pela enzima piruvato carboxilase.
Ciclo de Krebs; Disponível em: http://www.brasilescola.com/biologia/ciclo-krebs.htm Acesso em 13 de junho de 2013.
terça-feira, 11 de junho de 2013
Manteiga ou margarina
O que devo comer? Margarina ou manteiga?
Esta, certamente, é a dúvida da maioria dos consumidores na hora de comprar um produto para passar no pão.
As margarinas são feitas a partir de óleos vegetais
líquidos que passam por um processo químico para se tornarem sólidas e
cremosas, sendo uma destas modificações o processo de hidrogenação que
leva a formação de gorduras trans, a qual reduz o bom colesterol (HDL) e
eleva o mau colesterol (LDL). Outro processo é o de interesterificação,
aonde se adiciona hidrogênios ao óleo. Todas as margarinas com zero
trans têm gordura interesterificada. Foi uma forma de os fabricantes
substituírem a trans sem fazer com que os produtos ficassem menos
cremosos. Essa gordura é um óleo vegetal modificado quimicamente. Como o
processo é recente, não há conclusões sobre qual seria a reação do
organismo humano em relação a esse tipo de gordura.
A manteiga é um alimento de origem animal, é um
produto derivado do leite, obtida por meio do batimento do creme de
leite (nata). Essa é uma das vantagens do alimento, mais fácil
metabolizar a gordura natural do que as modificadas quimicamente. Por
outro lado, a quantidade de gordura saturada e, consequentemente, de
colesterol, é alta. A manteiga não tem gordura hidrogenada nem
interesterificada, portanto é sempre zero gordura trans.
A manteiga já foi vista como prejudicial à saúde por
ser fonte de colesterol. Hoje se sabe que o seu consumo moderado não é o
grande causador da obesidade e das doenças cardíacas. Estudos indicam
que os maiores problemas estão no consumo de gorduras trans e na
ingestão excessiva de ácidos graxos ômega 6 combinado a pequeno consumo
de ácidos graxos ômega 3.
De maneira geral, é mais comum consumir margarina,
com o objetivo de se evitar o colesterol e as gorduras saturadas
presentes na manteiga, principalmente pelas pessoas que apresentam
níveis elevados de colesterol sérico (sanguíneo). Porém, as gorduras
trans inibem a ação de enzimas específicas do fígado, o que favorece a
síntese do colesterol. Conseqüentemente, o consumo de margarina propicia
o aumento dos níveis de colesterol e triglicerídeos e a diminuição do
HDL (bom colesterol), por mecanismos indiretos.
A margarina vegetal não contém nenhum colesterol,
mas faz subir o colesterol sanguíneo por ser saturada artificialmente.
Então a escolha é entre duas gorduras saturadas, uma natural e rica em
vitamina A, a manteiga, e a outra artificial e rica em aditivos
químicos, a margarina.
Manteiga ou margarina. Disponível em: http://www.socergs.org.br/publico/index.php?option=com_content&view=article&id=22:manteiga-ou-margarina&catid=2:habitos-saudaveis&Itemid=4 Acesso em 11 de junho de 2013.
quinta-feira, 6 de junho de 2013
Curiosidades sobre os lipídeos
Curiosidade sobre lipídeos
A
ingestão de colesterol não deve ultrapassar 300 MG por dia, mas muitos
abusam dessa relação. Nos EUA, cerca de 25% da população apresenta
níveis altíssimos de colesterol e no Brasil, atualmente, os adultos com
acima do ideal (segundo o cálculo de IMC) chegam a 40%.
As
gorduras podem ser de origem animal quanto vegetal. As de origem
animal, como a banha e a gordura da carne, geralmente são sólidas à
temperatura ambientes e bastante prejudiciais ao organismo. Já a de
origem vegetal, como óleo de milho, girassol e oliva são líquidos e
menos prejudiciais.
Curiosidade sobre os lipídeos.Disponível em :http://lipidiosc2j.blogspot.com.br/2011/07/curiosidades-sobre-os-lipideos.html acesso em 06 de junho de 2013.
Alimentação saudável e equilibrada deve ter carboidratos e proteínas
Os carboidratos e as proteínas são dois elementos básicos e importantes para a saúde que devem estar presentes no prato todos os dias para manter uma alimentação saudável e equilibrada. Restringir a dieta a apenas um deles ou consumi-los em excesso pode ser perigoso e fazer mal ao organismo, como alertou o endocrinologista Alfredo Halpern no Bem Estar desta quarta-feira (27).Os carboidratos, por exemplo, são fontes primárias de energia e funcionam como combustível para o cérebro, medula, nervos e células vermelhas do sangue, ou seja, mantêm o corpo funcionando. Por isso, a deficiência deles pode trazer riscos para o sistema nervoso central e para o organismo, de maneira geral.
A dica da nutricionista Rosana Raele é que os carboidratos façam parte de, pelo menos, metade da dieta diária, principalmente pela manhã, quando o corpo e o cérebro precisam de mais energia.
Entre os alimentos ricos em carboidrato, estão o arroz, os cereais, os pães, massas, batatas e até mesmo as frutas. A falta de energia por causa da pouca ingestão desses alimentos pode logo dar sintomas, como fome, tontura, mal-estar e até mesmo prejudicar a memória.
Alimentação saudável e equilibrada deve ter carboidratos e proteínas. Disponível em:http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2013/03/alimentacao-saudavel-e-equilibrada-deve-ter-carboidratos-e-proteinas.html acesso em 06 de junho de 2013.
sábado, 1 de junho de 2013
Curiosidades
Curiosidades
- O Colesterol é um tipo de gordura presente em alimentos de origem animal e também produzida pelo nosso fígado. Em quantidade adequada é fundamental ao desempenho de diversas funções. Porém quando em excesso é altamente prejudicial á saúde
- As gorduras podem ser de origem animal quanto vegetal. As de origem animal, como a banha e a gordura da carne, geralmente são sólidas à temperatura ambiente e bastante prejudiciais ao organismo. Já a de origem vegetal, como óleo de milho, girassol e oliva são líquidas e menos prejudiciais.
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A ingestão
de colesterol não deve ultrapassar 300 mg por dia, mas muitos abusam
dessa relação. Nos EUA, cerca de 25% da população apresenta níveis
altíssimos de coleterol e no Brasil, atualmente, os adultos com acima do
ideal (segundo o cálculo de IMC) chegam a 40%.
Disponível em:http://lipidios.pbworks.com/w/page/17688979/Curiosidades acesso em 01/06/2013
Carboidratos
A cana-de-açúcar é rica em sacarose.
Carboidratos são moléculas orgânicas formadas por
carbono, hidrogênio e oxigênio. Glicídios, hidrocarbonetos, hidratos de
carbono e açúcares são outros nomes que esses podem receber. São as
principais fontes de energia para os sistemas vivos, uma vez que a
liberam durante o processo de oxidação. Participam também na formação de
estruturas de células e de ácidos nucleicos.
Os de constituição mais simples, denominados monossacarídeos, possuem como fórmula geral (CH2O)n, sendo o “n” o número de átomos de carbono. São, geralmente, de sabor adocicado e podem ser trioses, tetroses, pentoses, hexoses ou heptose, quando constituídas de três, quatro, cinco, seis ou sete átomos de carbono. A glicose, monossacarídeo extremamente importante para a nossa vida como fonte de energia, é uma hexose de fórmula C6H12O6. A frutose e a galactose são, também, hexoses.
Dissacarídeos são moléculas solúveis em água, resultantes da união de dois monossacarídeos, por uma ligação denominada glicosídica. Quando ocorre esse evento, há a liberação de uma molécula de água (desidratação). Sacarose (glicose + frutose), lactose (glicose + galactose) e maltose (glicose + glicose) são três exemplos bastante conhecidos.
Polissacarídeos são formados pela união de diversos monossacarídeos, sendo a celulose, amido e glicogênio os mais conhecidos e os de maior importância biológica. São formados por cadeias longas e podem apresentar moléculas de nitrogênio ou enxofre. Não são solúveis em água.
Os de constituição mais simples, denominados monossacarídeos, possuem como fórmula geral (CH2O)n, sendo o “n” o número de átomos de carbono. São, geralmente, de sabor adocicado e podem ser trioses, tetroses, pentoses, hexoses ou heptose, quando constituídas de três, quatro, cinco, seis ou sete átomos de carbono. A glicose, monossacarídeo extremamente importante para a nossa vida como fonte de energia, é uma hexose de fórmula C6H12O6. A frutose e a galactose são, também, hexoses.
Dissacarídeos são moléculas solúveis em água, resultantes da união de dois monossacarídeos, por uma ligação denominada glicosídica. Quando ocorre esse evento, há a liberação de uma molécula de água (desidratação). Sacarose (glicose + frutose), lactose (glicose + galactose) e maltose (glicose + glicose) são três exemplos bastante conhecidos.
Polissacarídeos são formados pela união de diversos monossacarídeos, sendo a celulose, amido e glicogênio os mais conhecidos e os de maior importância biológica. São formados por cadeias longas e podem apresentar moléculas de nitrogênio ou enxofre. Não são solúveis em água.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola
Disponível em:http://www.brasilescola.com/biologia/carboidratos.htm Acesso em 01/06/2013
O que são lipídeos?
LIPÍDEOS
CONCEITO
Os lipídeos definem um conjunto de substâncias químicas que, ao contrário
das outras classes de compostos orgânicos, não são caracterizadas por algum
grupo funcional comum, e sim pela sua alta solubilidade em solventes orgânicos
e baixa solubilidade em água. Fazem parte de um grupo conhecido como
biomoléculas. Os lipídeos se encontram distribuídos em todos os tecidos,
principalmente nas membranas celulares e nas células de gordura.
A maioria dos lipídeos é derivada ou possui na sua estrutura ácidos graxos.
Algumas substâncias classificadas entre os lipídeos possuem
intensa atividade biológica; elas incluem algumas das vitaminas e hormônios.
Embora os lipídeos sejam uma classe distinta de biomoléculas, veremos que eles
geralmente ocorrem combinados, seja covalentemente ou através de ligações
fracas, como membros de outras classes de biomoléculas, para produzir
moléculas hídricas tais como glicolipídeos, que contêm tanto carboidratos
quanto grupos lipídicos, e lipoproteínas, que contêm tanto lipídeos como
proteínas. Em tais biomoléculas, as distintas propriedades químicas e
físicas de seus componentes estão combinadas para preencher funções
biológicas especializadas.
Existem diversos tipos de moléculas diferentes que pertencem à classe dos
lipídeos. Embora não apresentem nenhuma característica estrutural comum todas
elas possuem muito mais ligações carbono-hidrogênio do que as outras
biomoléculas, e a grande maioria possui poucos heteroátomos. Isto faz com que
estas moléculas sejam pobres em dipolos localizados (carbono e hidrogênio
possuem eletronegatividade semelhante). Uma das leis clássicas da química diz
que "o semelhante dissolve o semelhante": daí a razão para estas
moléculas serem fracamente solúveis em água ou etanol (solventes polares) e
altamente solúveis em solventes orgânicos (geralmente apolares).
Ao contrário das demais biomoléculas, os lipídeos não são polímeros, isto
é, não são repetições de uma unidade básica. Embora possam apresentar uma
estrutura química relativamente simples, as funções dos lipídeos são
complexas e diversas, atuando em muitas etapas cruciais do metabolismo e na
definição das estruturas celulares.
Os químicos podem separar os lipídeos de uma amostra biológica através de
uma técnica conhecida como extração; um solvente orgânico é adicionado a
uma solução aquosa da amostra e, com um auxílio de um funil de separação,
obtém-se a fase orgânica rica em lipídeos. Com a evaporação do solvente
orgânico obtém-se o lipídeo. É desta maneira que, em escala industrial, se
obtém o óleo vegetal.
Alguns lipídeos têm a habilidade de formar filmes sobre a superfície da
água, ou mesmo de formar agregados organizados na solução; estes possuem uma
região, na molécula, polar ou iônica, que é facilmente hidratada. Este
comportamento é característico dos lipídeos que compõe a membrana celular.
Os lipossomos são "microenvelopes" capazes de envolverem moléculas
orgânicas e entregarem-nas ao "endereço biológico" correto.
FUNÇÃO
Desempenham várias funções biológicas importantes no organismo, entre elas:
- Reserva de energia (1 g de gordura = 9 kcal)
em animais e sementes oleaginosas, sendo a principal forma de armazenamento os
triacilgliceróis (triglicerídeos);
- Armazenamento e transporte de combustível metabólico;
- Componente estrutural das membranas biológicas;
- São moléculas que podem funcionar como
combustível alternativo à glicose, pois são os compostos bioquímicos mais
calóricos em para geração de energia metabólica através da oxidação de
ácidos graxos;
- Oferecem isolamento térmico, elétrico e mecânico para
proteção de células e órgãos e para todo o organismo (panículo adiposo sob
a pele), o qual ajuda a dar a forma estética característica;
- Dão origem a moléculas mensageiras, como hormônios,
prostaglandinas, etc.
- As gorduras (triacilgliceróis), devido à sua função de substâncias de
reserva, são acumuladas principalmente no tecido adiposo, para ocasiões em que
há alimentação insuficiente. A reserva sob a forma de gordura é muito
favorável a célula por dois motivos: em primeiro lugar, as gorduras são
insolúveis na água e portanto não contribuem para a pressão osmótica dentro
da célula, e em segundo lugar, as gorduras são ricas em energia; na sua
oxidação total são liberados 38,13kJ/g de gordura.
UTILIZAÇÃO
DOS LIPÍDEOS
São vários os usos dos lipídios:
- Alimentação, como óleos de cozinha, margarina, manteiga, maionese;
- Produtos manufaturados: sabões, resinas, cosméticos,
lubrificantes.
Combustíveis alternativos, como é o caso do óleo vegetal transesterificado
que corresponde a uma mistura de ácidos graxos vegetais tratados com etanol e
ácido sulfúrico que substitui o óleo diesel, não sendo preciso nenhuma
modificação do motor, além de ser muito menos poluente e isento de enxofre.
Obs:A
Universidade Federal da Bahia (UFBA) mantém um Centro de Pesquisas para o uso
do azeite de dendê como combustível.
CLASSIFICAÇÃO
DOS LIPÍDEOS
ÁCIDOS GRAXOS
A hidrólise ácida dos triacilglicerídios leva aos correspondentes ácidos
carboxílicos - conhecidos como ácidos graxos. Este é o grupo mais abundante
de lipídeos nos seres vivos, e são compostos derivados dos ácidos
carboxílicos. Este grupo é geralmente chamado de lipídeos saponificáveis,
porque a reação destes com uma solução quente de hidróxido de sódio produz
o correspondente sal sódico do ácido carboxílico, isto é, o sabão.
Os ácidos graxos possuem um pKa da ordem de 4,8. Isto significa que, em uma
solução onde o pH é 4,8, metade da concentração o ácido está ionizada; a
um pH maior (7, por exemplo) praticamente todo o ácido encontra-se ionizado,
formando um sal com o seu contra-íon; num pH menor (3, e.g.) todo o ácido
encontra-se protonado.
A natureza do cátion (contra-íon) determina as propriedades do sal
carboxílico formado. Em geral, sais com cátions divalentes (Ca
2+
ou Mg
2+
) não são bem solúveis em água, ao contrário do formado com metais
alcalinos (Na
+
, K
+
, etc.), que são bastante solúveis em água e em óleo - são conhecidos como
sabão. É por este motivo que, em regiões onde a água é rica em metais
alcalinos terrosos, é necessário se utilizar formulações especiais de sabão
na hora de lavar a roupa. Na água, em altas concentrações destes sais, ocorre
a formação de micelas - glóbulos microscópicos formados pela agregação
destas moléculas. Nas micelas, as regiões polares das moléculas de sabão
encontram-se em contato com as moléculas de água, enquanto que as regiões
hidrofóbicas ficam no interior do glóbulo, em uma pseudofase orgânica, sem
contato com a água.
A adição de HCl a uma solução aquosa de sabão provoca a precipitação do
ácido graxo, que é pouco solúvel em água e, em solução aquosa, tende a
formar dímeros através de fortes ligações hidrogênio.
Os ácidos graxos também podem ser classificados como saturados ou insaturados,
dependendo da ausência ou presença de ligações duplas carbono-carbono. Os
insaturados (que contém tais ligações) são facilmente convertidos em
saturados através da hidrogenação catalítica (este processo é chamado de
redução). A presença de insaturação nas cadeias de ácido carboxílico
dificulta a interação intermolecular, fazendo com que, em geral, estes se
apresentem, à temperatura ambiente, no estado líquido; já os saturados, com
uma maior facilidade de empacotamento intermolecular, são sólidos. A
margarina, por exemplo, é obtida através da hidrogenação de um líquido - o
óleo de soja ou de milho, que é rico em ácidos graxos insaturados.
-
Conceitos Gerais:
São ácidos orgânicos, a
maioria de cadeia alquil longa, com mais de 12 carbonos
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Esta cadeia alquil pode ser
saturada ou insaturada;
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Ácidos graxos saturados:
Não possuem duplas
ligações
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São geralmente sólidos à
temperatura ambiente
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Gorduras de origem animal
são geralmente ricas em ácidos graxos saturados
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Ácidos graxos insaturados
Possuem uma ou mais duplas
ligações è são mono ou poliinsaturados
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São geralmente líquidos à
temperatura ambiente
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A dupla ligação, quando
ocorre em um AG natural, é sempre do tipo "cis".
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Os óleos de origem vegetal
são ricos em AG insaturados.
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Quando existem mais de uma
dupla ligação, estas são sempre separadas por pelo menos 3
carbonos, nunca são adjacentes nem conjugadas
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Nomenclatura de Ácidos Graxos:
O nome sistemático do ácido
graxo vem do hidrocarboneto correspondente;
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Existe um nome descritivo para a
maioria dos AG;
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Os AG tem seus carbonos numerados
de 2 formas:
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A partir da carboxila è
Numeração Delta - "D "
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A partir do grupamento metil
terminal è Numeração Ômega - "j "
| |
Os carbonos 2, 3 e 4,contados a
partir da carboxila, são denominados, respectivamente, a , b e g .
|
As duplas ligações, quando
presentes, podem ser descritas em número e posição em ambos os
sistemas; por exemplo: O ácido linoleico possui 18 átomos de carbono e 2
duplas ligações, entre os carbonos 9 e 10, e entre os carbonos 12 e 13;
sua estrutura pode ser descrita como:
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18;2 Delta 9,12 ou
18:2 (9,12)
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Pertencente à família
Õmega -6
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Outros exemplos de ácidos
graxos:
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Ácidos Graxos Essenciais:
O homem é capaz de sintetizar
muitos tipos de ácidos graxos, incluindo os saturados e os
monoinsaturados
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Os AG poliinsaturados, no
entanto, principalmente os das classes j -6 - família do ácido linoleico
- e j -3 - família do ácido linolênico - devem ser obtidos da dieta,
pois são sintetizados apenas por vegetais.
| |
Estes ácidos graxos participam
como precursores de biomoléculas importantes como as PROSTAGLANDINAS,
derivadas do ácido linoleico e com inúmeras funções sobre
contratibilidade de músculo liso e modulação de recepção de sinal
hormonal.
|
TRIACILGLICERÓIS
Conhecidos como gorduras neutras, esta grande classe de lipídeos não contém
grupos carregados. São ésteres do glicerol - 1,2,3-propanotriol. Estes
ésteres possuem longas cadeias carbônicas atachadas ao glicerol, e a
hidrólise ácida promove a formação dos ácidos graxos correspondentes e o
álcool (glicerol).
Nos animais, os TAGs são lipídeos que servem, principalmente, para a estocagem
de energia; as células lipidinosas são ricas em TAGs. É uma das mais
eficientes formas de estocagem de energia, principalmente com TAGs saturados;
cada ligação C-H é um sítio potencial para a reação de oxidação, um
processo que libera muita energia.
Os TAGs provindo de animais terrestres contém uma maior quantidade de cadeias
saturadas se comparados aos TAGs de animais aquáticos. Embora menos eficientes
no armazenamento de energia, as TAGs insaturadas oferecem uma vantagem para os
animais aquáticos, principalmente para os que vivem em água fria: elas têm
uma menor temperatura de fusão, permanecendo no estado líquido mesmo em baixas
temperaturas. Se fossem saturadas, ficariam no estado sólido e teriam maior
dificuldade de mobilidade no organismo do animal.
Os TAGs podem ser chamados de gorduras ou óleos, dependendo do estado físico
na temperatura ambiente: se forem sólidos, são gorduras, e líquidos são
óleos. No organismo, tanto os óleos como as gorduras podem ser hidrolisados
pelo auxílio de enzimas específicas, as lipases (tal como a fosfolipase A ou a
lipase pancreática), que permitem a digestão destas substâncias.
Os triacilgliceróis são
lipídeos formados pela ligação de 3 moléculas
de ácidos graxos com o glicerol, um triálcool de 3 carbonos, através de
ligações do tipo éster
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São também chamados de
"Gorduras Neutras", ou triglicerídeos
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Os ácidos graxos que participam
da estrutura de um triacilglicerol são geralmente diferentes entre si.
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A principal função dos
triacilgliceróis é a de reserva de energia, e são armazenados nas
células do tecido adiposo, principalmente.
| |
São armazenados em uma forma
desidratada quase pura, e fornecem por
grama aproximadamente o dobro da energia fornecida por carboidratos.
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Existem ainda os mono e
diacilgliceróis, derivados do glicerol com 1 ou 2 AG esterificados,
respectivamente.
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FOSFOLIPÍDEOS
Os fosfolípideos são ésteres do glicerofosfato - um derivado fosfórico do
glicerol. O fosfato é um diéster fosfórico, e o grupo polar do fosfolipídio.
A um dos oxigênios do fostato podem estar ligados grupos neutros ou carregados,
como a colina, a etanoamina, o inositol, glicerol ou outros. As
fostatidilcolinas, por exemplo, são chamadas de lecitinas.
Os fosfolipídios ocorrem em praticamente todos os seres vivos. Como são
anfifílicos, também são capazes de formar pseudomicrofases em solução
aquosa; a organização, entrentanto, difere das micelas. Os fosfolipídios se
ordenam em bicamadas, formando vesículas. Estas estruturas são importantes
para conter substâncias hidrossolúveis em um sistema aquoso - como no caso das
membranas celulares ou vesículas sinápticas. Mais de 40% das membranas das
células do fígado, por exemplo, é composto por fosfolipídios. Envolvidos
nestas bicamadas encontram-se outros compostos, como proteínas, açúcares e
colesterol.
Ou "Lipídeos Polares",
são lipídeos que contém fosfato na sua estrutura
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Os mais importantes são também
derivados do glicerol - fosfoglicerídeos - o qual está ligado por uma
ponte tipo fosfodiéster geralmente a uma base nitrogenada, como por
exemplo:
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Colina è Fosfatidilcolina, ou
Lecitina
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Serina è Fosfatidilserina
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Etanolamina è
Fosfatidiletanolamina
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As outras hidroxilas do glicerol
estão esterificadas a AG
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Os fosfoglicerídeos desempenham
importante função na estrutura e função das membranas biológicas,
pois são claramente anfipáticos
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As membranas
celulares são elásticas e resitentes graças às fortes interações
hidrofóbicas entre os grupos apolares dos fosfolipídios. Estas membranas
formam vesículas que separam os componentes celulares do meio intercelular -
dois sistemas aquosos!
ESFINGOLIPÍDEOS
A principal diferença entre os esfingolipídios e os fosfolipídios é o
álcool no qual estes se baseiam: em vez do glicerol, eles são derivados de um
amino álcool. Estes lipídeos contém 3 componentes fundamentais: um grupo
polar, um ácido graxo, e uma estrutra chamada base esfingóide - uma longa
cadeia hidrocarbônica derivada do d-eritro-2-amino-1,3-diol. É chamado de base
devido a presença do grupo amino que, em solução aquosa, pode ser convertido
para o respectivo íon amônio. A esfingosina foi o primeiro membro desta classe
a ser descoberto e, juntamente com a di-hidroesfingosina, são os grupos mais
abundantes desta classe nos mamíferos. No di-hidro, a ligação dupla é
reduzida. O grupo esfingóide é conectado ao ácido graxo graças a uma
ligação amídica. A esfingomielina, encontrada em muitos animais, é um
exemplo de esfingolipídio.
Os vários tipos de esfingolipídios são classificados de acordo com o grupo que está conectado à base esfingóide. Se o grupo hidroxila estiver conectado a um açúcar, o composto é chamado de glicosfincolipídio. O grupo pode ser, também, um éster fosfófico, como a fosfocolina, na esfingomielina. Gangliosídios são glicosfingolipídios que contém o ácido N-acetilneurâmico (ácido siálico) ligado à cadeia oligossacarídica. Estas espécies são muito comuns no tecido cerebral.
Os vários tipos de esfingolipídios são classificados de acordo com o grupo que está conectado à base esfingóide. Se o grupo hidroxila estiver conectado a um açúcar, o composto é chamado de glicosfincolipídio. O grupo pode ser, também, um éster fosfófico, como a fosfocolina, na esfingomielina. Gangliosídios são glicosfingolipídios que contém o ácido N-acetilneurâmico (ácido siálico) ligado à cadeia oligossacarídica. Estas espécies são muito comuns no tecido cerebral.
São lipídeos importantes
também na estrutura das membranas biológicas
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Formados por uma molécula de
ácido graxo de cadeia longa, a esfingosina - um aminoálcool de cadeia
longa - ou um de seus derivados, e uma cabeça polar alcoólica
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Existem 3 subclasses de
esfingolipídeos:
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As Esfingomielinas = Possuem a
fosfocolina ou a fosfoetanolamina como cabeça polar alcoólica
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Os Cerebrosídeos = Não
possuem fosfato, e sim, um açúcar simples como álcool polar - são
glicoesfingolipídios, ou glicolipídios
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Os Gângliosídeos = Possuem
estrutura complexa, com cabeças polares muito grandes formadas por
várias unidades de açúcar como por exemplo, o ácido siálico
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ESTERÓIDES
Os esteróides são lipídeos derivados do colesterol. Eles atuam, nos
organismos, como hormônios e, nos humanos, são secretados pelas gônadas,
córtex adrenal e pela placenta. A testosterona é o hormônio sexual masculino,
enquanto que o estradiol é o hormônio responsável por muitas das
características femininas.
O colesterol, além da atividade hormonal, também desempenha um papel
estrutural - habita a pseudofase orgânica nas membranas celulares. Muitas vezes
chamado de vilão pela mídia, o colesterol é um composto vital para a maioria
dos seres vivos.
São lipídeos que não possuem
ácidos graxos em sua estrutura
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Derivam do anel orgânico
Ciclopentanoperidrofenantreno
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Os esteróis - esteróides com
função alcoólica - são a principal subclasse dos esteróides.
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Destes, o principal exemplo é o
Colesterol
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O colesterol é um esteróide
importante na estrutura das membranas biológicas, e atua como precursor
na biossíntese dos esteróides biologicamente ativos, como os hormônios
esteróides e os ácidos e sais biliares
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O excesso de colesterol no sangue
é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças
arteriais coronarianas, principalmente o infarto agudo do miocárdio.
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LIPOPROTEÍNAS
São associações entre
proteínas e lipídeos encontradas na corrente sanguínea, e que tem como
função transportar e regular o metabolismo dos lipídeos no plasma
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A fração protéica das
lipoproteínas denomina-se Apoproteína, e se divide em 5 classes
principais - Apo A, B, C, D e E - e vária subclasses
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A fração lipídica das
lipoproteínas é muito variável, e permite a classificação das mesmas
em 5 grupos, de acordo com suas densidades e mobilidade eletroforética:
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Quilomícron = É a
lipoproteína menos densa, transportadora de triacilglicerol exógeno na
corrente sanguínea
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VLDL = "Lipoproteína de
Densidade Muito Baixa", transporta triacilglicerol endógeno
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IDL = "Lipoproteína de
Densidade Intermediária", é formada na transformação de VLDL em
LDL
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LDL = "Lipoproteína de
Densidade Baixa", é a principal transportadora de colesterol; seus
níveis aumentados no sangue aumentam o risco de infarto agudo do
miocárdio
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HDL = "Lipoproteína de
Densidade Alta"; atua retirando o colesterol da circulação. Seus
níveis aumentados no sangue estão associados a uma diminuição do
risco de infarto agudo do miocárdio.
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PROSTAGLANDINAS
Estes lipídeos não desempenham funções estruturais, mas são importantes
componentes em vários processos metabólicos e de comunicação intercelular.
Segundo o químico Michael W. Davidson, da Florida State University,
"prostaglandins act in a manner similar to that of hormones, by stimulating
target cells into action. However, they differ from hormones in that they act
locally, near their site of synthesis, and they are metabolized very rapidly.
Another unusual feature is that the same prostaglandins act differently in
different tissues". Um dos processos mais importantes controlados pelas
prostaglandinas é a inflamação.
Todos estas substâncias têm estrutura química semelhante a do ácido
prostanóico, um anel de 5 membros com duas longas cadeias ligadas em trans nos
carbonos 1 e 2. As prostaglandinas diferem do ácido prostanóico pela presença
de insaturação ou substituição no anel ou da alteração das cadeias ligadas
a ele.
A substância chave na biossíntese das prostaglandinas é o ácido
araquidônico, que é formado através da remoção enzimática de hidrogênios
do ácido linoléico. O ácido araquidônico livre é convertido a
prostaglandinas pela ação da enzima ciclooxigenase, que adiciona oxigênios ao
ácido araquidônico e promove a sua ciclização. No organismo, o ácido
araquidônico é estocado sob a forma de fosfolipídios, tal como o
fosfoinositol, em membranas. Sob certos estímulos, o ácido araquidônico é
liberado do lipíde o de estocagem (através da ação da enzima fosfolipase A2)
e rapidamente convertido a prostaglandinas, que iniciam o processo
inflamatório. A cortisona tem ação anti-inflamatória por bloquear a ação
da fosfolipase A2. Este é o mecanismo de ação da maior parte dos
anti-inflamatórios esteróides.
Existem outras rotas nas quais o ácido araquidônico é transformado em
prostaglandinas; algumas envolvem a conversão do ácido em um intermediário, o
ácido 5-hidroperoxy-6,8,1-eicosatetranóico (conhecido como 5-HPETE), que é
formado pela ação da 5-lipoxigenase. Os
anti-inflamatórios não esteróides, como a aspirina, agem bloqueiando as
enzimas responsáveis pela formação do 5-HPETE. Desta forma, impedem o ciclo
de formação das prostaglandinas e evitam a sinalização inflamatória.
Disponível em:
http://www.enq.ufsc.br/labs/probio/disc_eng_bioq/trabalhos_pos2003/const_microorg/lipideos.html acesso em 01/06/2013
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